domingo, 30 de agosto de 2009

Talhadas com corrimão para treino


Hoje, 30 de Agosto, foi revista a equipagem da via suspensa de treino das talhadas.

Além de revista foram acrescentados duas reuniões para um corrimão suspenso.

A rocha na parede onde foi feito o corrimão tem uma mistura de materiais pouco estáveis e pouco fiáveis. Assim não aconselho este corrimão para formação de N2, mas só para treino de quem já tiver N2. Convém o máximo de segurança nos movimentos e o mínimo de movimentos bruscos, pelo sim pelo não.

Foi também colocado um spit no bloco quartzítico que suporta o início da via. Não só a perfuração a spit autoperfurante é demorada como a expansão do spit provoca o fender do quartzito. Ou seja, por Valongo é mais seguro continuar a equipar com parabolts.
Foi colocado um fraccionamento no início da descida já que os pontos de reunião desta via forçam os nós a roçar.

Ou seja, a via do fraccionamento suspenso passou a ter duas opções:

1-a) Reunião em Y na pedra quartzítica;

1-b) Fraccionamento no bloco da borda do fojo;

1-c) Fraccionamento suspenso no bloco do lado Norte;

depois pode fazer-se a descida como até agora, até ao fundo do fojo, ou:

2- a) Fraccionamento na parede Norte para o lado das outras vias

2- b) Fraccionamento na parede Norte ao nível do anterior.
2- c) descer 4 a 5m e,

por agora, voltar para trás.

Está em estudo a continuação da via em segurança.

Bom treino!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

tira-olhos

Entre as muitas coisas de que eu não percebo nada estão as libelinhas. Só sei que são bonitas, muito bonitas.

Se passar por este blog alguém que perceba alguma coisa destes espectaculares bichinhos, agradeço que contribua para a aprendizagem global.

Se não me engano esta primeira é uma Oxygastra, foi fotografada na nascento do Anços, em 26 de Julho de 2008, aquando do regresso de uma aula de N1 do ARCM no Algar da Lagoa.


Dos meus passeios por aí sempre que posso lá tento captar umas imagens destes irrequietos bichinhos.

É espectacular a agilidade com que se consegue voar quando só se tem renda onde deveriam estar asas.

Esta fotografia com as duas libelinhas em cópula, uma azul e outra verde, foi tirada com telemóvel no dia 25 de Julho de 2009, no Jardim Botânico do Porto, casa e jardim onde Sophia de Melo Breyner Andresen passou a infância e que inspirou muita da sua escrita.


Em voo estes bichinhos são sapazes de se moverem rapidamente em 6 sentidos, isto é todos, para cima; baixo; esquerda; direita; frente e trás. Ver mais no site http://en.wikipedia.org/wiki/Dragonfly

A maior parte da vida das libelinhas é passada na fase larvar dentro de água.
A estratégia de vida das libelinhas é notável, em ambas as fases de vida são carnívoros, terríveis à sua escala. Não escapa nada que se mexa e que possa ser comido. As larvas são devoradoras sôfregas e podem comer peixes e girinos maiores do que elas próprias. Como a larva e o adulto não coexistem no mesmo meio não há o risco de competirem por alimento.

Esta libélula vermelha veio ter comigo enquanto tomava o pequeno almoço em Reguengos de Monsaraz, pousou perto e deixou-se fotografar, tinha mesmo ar de vedeta. Foi no dia 18 de Agosto de 2009.

Não encontro descrição para a razão de ser do nome comum "Tira-Olhos" dados a estes coloridos insectos. A explicação que ouvi quando criança, é que as libelinhas comiam os olhos às vitimas. Provavelmente a razão do nome tem a ver com os enormes olhos que parece que estão fora, que os tira fora.

Estas duas últimas fotos foram tiradas no dia 21 de Agosto de 2009, junto à nascente do Alviela. Parecia que se comportavam como se tivessem um território que estivessem a guardar. As pretas e as verdes sobreboavam umas sobre as outras, pelo território alheio e voltavam ao ponto de partida. Parecia uma espécie de dança nupcial...

Sinceramente, do que eu gostaria mesmo era de ter conseguido tirar fotos como esta do Filipe Oliveira (parabéns!): http://br.olhares.com/tira_olhos_foto2701086.html

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Contenda - ufa!



Não só consegui, finalmente, ir à Gruta da Contenda como tive a sorte de participar no dia mais memorável. O dia em que tive a honra de participar no apoio ao Rui Pinheiro (NEUA) para a passagem do sifão em espeleomergulho.



A espeleologia é um desafio duro, mas o espeleomergulho é só para os mais... os que os têm maiores... os mais malucos... sei lá! O que sei é que só chegar perto do sifão que ia ser mergulhado é uma dureza. Foi com encanto que integrei a equipa que preparou o caminho e carregou o equipamento para o mais maluco de todos (o Rui) lá fosse ver o que nenhum outro humano viu, o outro lado do sifão.




Parabéns a outros grandes malucos, o Paulo Rodrigues e o Pedro Robalo (AES, NALGA) que andam há anos a sonhar com o momento em seriam capazes de convencer alguém a "ver o lado de lá", para tanto tiveram de convencer uns quantos mais a fazer de mulas ( e outras misérias) para que o voluntário cristo aquático lá passasse.




Na noite de 21 para 22, noite antes do mergulho, eu dormi mal, no dia 23 todos reconheciamos que tinhamos dormido mal nessa noite. A viagem até ao sifão é de mais de 3 horas (estamos a falar só de 1km e cerca de 80m de desnível!) e todos sabemos que "errar é humano". O espeleólogo é que só tem direito a errar uma vez... (mais ou menos como os cogumelos que são todos comestíveis. Alguns é que só uma vez...).




Também é certo que na noite de 21 para 22 eu já tinha dois dias seguidos de Contenda. Já tinhamos encontrado galerias novas, afluentes, mais sifões, muita lama, muita areia, medido muitas vagas de erosão.




Os melhores momentos, destes 4 dias, foram:




- quando descobrimos onde comprar jantar no dia 21, quase 24h, em Fátima;




- quando jantamos, já no CINA, depois do Álvaro ter desfeito algumas passadeiras elevadas pelo caminho com o carro do Paulo Rodrigues;




- quando o Rui Pinheiro regressou do primeiro mergulho, após quase 20 intermináveis minutos de suspense e silencio, e disse que do lado de lá tinha uma gateira a seco;




- quando telefonei para a Lebre, em Fátima, pelas 23h30 e me disseram que ainda iamos a tempo de pedir jantar e esperavam que lá chegasse (chegamos já só pelas 0h05min);




- quando jantamos, já no CINA, um churrasco maravilhoso bem regado (não conseguimos dar conta dos 6,5l de vinho que tinha trazido);




- quando fomos lavar o material ao rio;




- e, por fim, a petinga na Tia Maria...




Um grande abraço aos parceiros nestes dias: Paulo Rodrigues (AES, NALGA); Alvaro (AES e colega do N3); Rui Andrade (NEUA - colega monitor do N3); Tó Mendes (NEUA e parceiro de N3) e, sobretudo, ao Rui Pinheiro (NEUA, o espeleomergulhador e colega do N3).